MARCO NANINI E GUEL ARRAES CELEBRAM
25 ANOS DE PARCERIA COM MONÓLOGO
‘A Arte e a Maneira de Abordar seu Chefe para Pedir um Aumento’,
de Georges Perec
25 ANOS DE PARCERIA COM MONÓLOGO
‘A Arte e a Maneira de Abordar seu Chefe para Pedir um Aumento’,
de Georges Perec
No palco, um homem apresenta um organograma – tão complexo quanto irônico – sobre as possibilidades de sucesso e fracasso na angustiante missão de pedir um aumento no salário. Nos bastidores, um diretor e um ator comemoram 25 anos de parceria com um trabalho marcado pelo espírito inovador e bem-humorado que os consagrou. Com dezenas de êxitos na televisão, no cinema e no teatro, Marco Nanini e Guel Arraes optaram justamente pelo risco, ao encenar ‘A Arte e a Maneira de Abordar seu Chefe para Pedir um Aumento’, texto do francês Georges Perec (1936-1982), levado pela primeira vez aos palcos nacionais.
‘É algo totalmente diferente do que estamos acostumados a fazer. O texto não tem narrativa, não existe uma história clássica, mas tem aquilo que sempre nos ligou: o humor’, analisa Guel, em seu terceiro projeto teatral com Nanini, depois de ‘O Burguês Ridículo’ (1996) e ‘O Bem Amado’ (2007). ‘É como se a gente tirasse um tempo para respirar, experimentar e, desta forma, comemorar os anos de trabalho’, reitera o ator, de volta aos palcos após o estrondoso sucesso de ‘Pterodátilos’ (2010), cuja atuação lhe rendeu os prêmios Shell, APTR, Faz a Diferença (Jornal O Globo), Artista Prime do Ano- Revista Bravo, Revista Quem e Qualidade Brasil.
Desta vez, o desafio de Nanini recai na ausência de um personagem e, como disse Guel, na falta de um enredo tradicional. Em uma espécie de palestra de auto-ajuda – ou, como melhor define o diretor, anti-ajuda – o protagonista apresenta um intrincado manual combinatório de probabilidades para a hora em que vai procurar o seu chefe e pedir o esperado aumento. No decorrer das muitas tentativas, o texto sublinha o ridículo da situação e, ao retratar os meandros de uma grande empresa, ironiza a vida moderna e o mundo corporativo.
O espetáculo estreou dia 07 de setembro de 2012 no Centro Cultural Correios, onde foram realizadas 08 semanas de temporada. Dia 02 de novembro, a peça estreou no Teatro Oi Futuro Flamengo, para mais 04 semanas de temporada. A montagem tem produção de Fernando Libonati e patrocínio de Eletrobrás, Correios e OI Futuro. Em 2013 o espetáculo voltou a cidade do Rio de Janeiro para mais 03 semanas de apresentações no Teatro Galpão Gamboa e outras três no Teatro de Câmara da Cidade das Artes. Foi ainda convidado a realizar duas apresentações no Teatro Bradesco em Belo Horizonte, fez parte da 22ª Edição do Festival de Curitiba, com duas apresentações no Teatro Marista e realizou ainda duas apresentações no Theatro São Pedro em Porto Alegre, em comemoração aos seus 155 anos.
O projeto acaba de ser contemplado pelo Edital BR Distribuidora de Cultura, através do qual realizará turnê pelas cidades de Brasilia, Salvador, Belem, Manaus e Recife.
‘É algo totalmente diferente do que estamos acostumados a fazer. O texto não tem narrativa, não existe uma história clássica, mas tem aquilo que sempre nos ligou: o humor’, analisa Guel, em seu terceiro projeto teatral com Nanini, depois de ‘O Burguês Ridículo’ (1996) e ‘O Bem Amado’ (2007). ‘É como se a gente tirasse um tempo para respirar, experimentar e, desta forma, comemorar os anos de trabalho’, reitera o ator, de volta aos palcos após o estrondoso sucesso de ‘Pterodátilos’ (2010), cuja atuação lhe rendeu os prêmios Shell, APTR, Faz a Diferença (Jornal O Globo), Artista Prime do Ano- Revista Bravo, Revista Quem e Qualidade Brasil.
Desta vez, o desafio de Nanini recai na ausência de um personagem e, como disse Guel, na falta de um enredo tradicional. Em uma espécie de palestra de auto-ajuda – ou, como melhor define o diretor, anti-ajuda – o protagonista apresenta um intrincado manual combinatório de probabilidades para a hora em que vai procurar o seu chefe e pedir o esperado aumento. No decorrer das muitas tentativas, o texto sublinha o ridículo da situação e, ao retratar os meandros de uma grande empresa, ironiza a vida moderna e o mundo corporativo.
Guel, Nanini e Perec
A circulação da montagem vai ao encontro de uma proposta que também marcou o trabalho de Guel e Nanini em outras épocas: a de apresentar ou mesmo popularizar autores e obras da literatura brasileira e mundial. Foi assim com uma série de textos da série ‘Terça Nobre’, como ‘O Alienista’ (Machado de Assis) e ‘O Coronel e o Lobisomem’ (José Cândido de Carvalho), além de filmes como Lisbela e o Prisioneiro’ (Osman Lins) e ‘O Auto da Compadecida’ (Ariano Suassuna).
A primeira incursão teatral da dupla, ‘O Burguês Ridículo’ (1996) trazia uma adaptação de textos de Molière e, além do grande sucesso de público, rendeu os prêmios Sharp de Melhor Ator e Melhor Espetáculo e também o Mambembe de Melhor Espetáculo. Mais recentemente, Guel assumiu a produção artística de ‘O Bem Amado’ (2007), que recuperou a obra teatral original de Dias Gomes, deu a Nanini o Prêmio APCA de Melhor Ator e originou um longa homônimo.
Para Guel, ‘A Arte e a Maneira de Abordar seu Chefe para Pedir um Aumento’ (1968) é a obra cujo autor é o mais desconhecido de todos que já montou o adaptou. Encenado pela primeira vez no Brasil, Georges Perec fazia parte do grupo francês Oulipo, de escritores que criavam suas obras a partir de restrições técnicas. Tal experimentalismo o permitia criar um intenso jogo de palavras em todas seus textos.
A primeira incursão teatral da dupla, ‘O Burguês Ridículo’ (1996) trazia uma adaptação de textos de Molière e, além do grande sucesso de público, rendeu os prêmios Sharp de Melhor Ator e Melhor Espetáculo e também o Mambembe de Melhor Espetáculo. Mais recentemente, Guel assumiu a produção artística de ‘O Bem Amado’ (2007), que recuperou a obra teatral original de Dias Gomes, deu a Nanini o Prêmio APCA de Melhor Ator e originou um longa homônimo.
Para Guel, ‘A Arte e a Maneira de Abordar seu Chefe para Pedir um Aumento’ (1968) é a obra cujo autor é o mais desconhecido de todos que já montou o adaptou. Encenado pela primeira vez no Brasil, Georges Perec fazia parte do grupo francês Oulipo, de escritores que criavam suas obras a partir de restrições técnicas. Tal experimentalismo o permitia criar um intenso jogo de palavras em todas seus textos.
‘La Disparition’ (1969), por exemplo, foi escrito sem que Perec usasse a letra “E” nas mais de 300 páginas do romance. Já em ‘Les Revenentes’ (1972) a mesma letra é a única vogal utilizada do início ao fim. Outro livro conhecido é ‘La Vie: mode d’emploi’, premiado com o Medicis em 1978. Seus outros trabalhos também são marcados pelo experimentalismo, por exercícios lingüísticos de alto virtuosismo e também pelo mais fino humor francês, privilegiando a observação e a ironia, caso do monólogo que chega agora aos palcos nacionais.