Uma mulher, um personagem, dois tempos. Cada uma vive o seu tempo. Cada uma vive o seu presente. Um tempo dividido em duas partes e vivido por duas mulheres, que são a mesma mulher, mas que com o tempo tornaram-se completamente diferentes. O presente da primeira é o futuro da segunda. O presente da segunda é o passado da primeira. Poderia dizer-se que uma é imaginação e a outra é a memória. Mas isso não importa. Esse encontro estabelece um conflito entre o que ela é o que poderia ter sido. Um acerto de contas entre a maturidade e a juventude, a esperança e a experiência, a razão e a emoção, a responsabilidade e a inconseqüência, tantos outros sentimentos que uma pessoa experimenta durante a vida. Desse acerto de contas, surge um desafio. Uma desafia a outra, ambas desafiam o destino. E é assim que ela revive alguns fatos, antecipa outros, faz, desfaz e refaz o seu caminho. Como quem tem a sua frente um tabuleiro e joga dados à vontade, volta uma casa, pula duas, ignorando as regras do jogo. Se ela está brincando com o destino ou se foi o destino que brincou com ela é apenas uma das tantas coisas que uma pessoa perguntaria, se pudesse encontrar com ela mesma, em algum lugar, em algum tempo. A ENCENAÇÃO: “Uma vida é feita de acontecidos e de não acontecidos ordenados de determinada maneira. Uma história não. Nada precisa ter acontecido ou deixado de acontecer, basta que seja contada para que uma história exista. E se ela nunca for contada ela nunca existirá. Ainda que todos os fatos tenham realmente acontecido ou deixado de acontecer. É no teatro que esse pensamento se expõe de forma mais clara, já que é o ator, e não o autor ou o personagem, senhor absoluto das verdades que serão representadas no palco. O espectador é testemunha do momento em que se desenha a história, e jamais saberá se o que ele vê ali é de fato fiel a uma prévia combinação. A presente encenação não quer como mérito limitar os riscos ou minimizar os efeitos caóticos dessa arte ao vivo de contar histórias. Ao contrário, pretende utilizar essa fragilidade como matéria básica de seu jogo teatral. Viver uma história é uma aventura e pronto. No teatro lá fora.” 
ELENCO 
Marieta Severo Andréa Beltrão
 FICHA TÉCNICA 
escrito e dirigido 
por JOÃO FALCÃO
 Assistente de direção TÂNIA NARDINI Orientação corporal MÁRCIA RUBIN Cenário DORIS ROLLEMBERG Figurino EMÍLIA DUNCAN Iluminação MANECO QUINDERÉ Trilha RAUL TEIXEIRA Música tema JOÃO FALCÃO Arranjo FERNANDO MOURA Maquiagem MARLENE MOURA Programação visual GRINGO CÁRDIA Fotografia NANA MORAES Assessoria de imprensa MARIO FERNANDO CANIVELLO (RJ) CAMILLA FERREIRA (SP) Direção de produção FERNANDO LIBONATI Produção executiva e administração REGINA COELHO 
Uma produção Marieta Severo, Andréa Beltrão e Luis Fernando Libonati
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