< MÁQUINA DE ABRAÇAR >
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A partir do texto inédito do premiado autor espanhol José Sanchis Sinisterra, a atriz Malu Galli faz sua primeira incursão na direção teatral no espetáculo ‘A máquina de abraçar’. A obra tem tradução de Eric Nepomuceno e estreia em 24 de setembro, no galpão do Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico, com patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro. Inspirada em uma história real, a peça aborda a relação da autista – que criou para si uma máquina de abraçar – e sua terapeuta, vividas pelas atrizes Mariana Lima e Marina Vianna.
Malu Galli recebeu o texto das mãos de Sinisterra, em 2007, quando este veio dirigi-la no monólogo (também de sua autoria) ‘Diálogos com Molly Bloom’. Malu teve imediatamente vontade de dirigi-lo, conseqüência mais do que natural após encabeçar um projeto que reunia cinco diretores e de ter participado como colaboradora de diversos espetáculos como ‘Gaivota – tema para um conto curto’, de Enrique Diaz; ‘ensaio.Hamlet’, também de Diaz; ‘Conjugado’, monólogo criado em parceria com Christiane Jatahy, e de ter feito parte da Cia. de Teatro Autônomo, de Jefferson Miranda, por quinze anos.
Inspirado em uma autista real cuja entrevista concedida ao neurologista Oliver Sacks pode ser lida no livro ‘Um antropólogo em marte’, Sinisterra utiliza o autismo como ferramenta para falar de uma impossibilidade que afeta a todos nós: a comunicação ou a falta dela e a dificuldade de estabelecer contato, uma doença que afeta os homens desde que o mundo é mundo.
Para traduzi-lo, era necessário não só um grande conhecedor da língua espanhola, mas um escritor que pudesse recriar no português as imagens poéticas do texto: “Quero um autor, não um tradutor”, disse Sinisterra. Assim surgiu o nome de um velho conhecido: Eric Nepomuceno. Há dez anos, os dois dividiram a mesa em um almoço, em Paris, ao lado de Saramago e Sebastião Salgado. Consagrado tradutor do espanhol, autor de sucesso, premiado diversas vezes e elogiado pela crítica, Eric, porém, nunca havia traduzido uma peça de teatro em toda a sua vida. Aceitou prontamente o convite, no entanto, não só por ser um admirador de Sinisterra mas também por considerar a peça um desafio delicioso.
Para dar vida aos personagens, Malu convocou duas parceiras de longa data: Mariana Lima e Marina Vianna. Mariana, com sua experiência ao lado de Antonio Araújo, em São Paulo, e de Enrique Diaz, no Rio de Janeiro; e Marina, como colaboradora de Christiane Jatahy e Pedro Brício, são atrizes que representam uma geração no teatro de pesquisa.
O texto parte de uma situação dramática extremamente simples: duas mulheres, autista e terapeuta, falando para uma platéia. Aos poucos, a relação simbiótica das duas vai revelando não só facetas diferentes das personagens mas também um retrato da natureza humana. Sinisterra, através do embate das personagens, questiona e subverte vários pilares de nossa sociedade, como a linguagem, a política, a filosofia, a ciência, a espiritualidade, a natureza.
A cenografia e direção de arte do espetáculo ficaram nas mãos do artista plástico Raul Mourão. A idéia era criar um ambiente que pudesse promover uma experiência diferenciada para o espectador, onde ele entrasse em contato com outras formas de linguagem. Raul concebeu então um espaço que abriga uma caixa cênica, onde a peça acontece, e uma sala onde uma exposição de arte contemporânea, com sua curadoria, abriga obras de artistas como Chelpa Ferro, Nuno Cais e Eduardo Coimbra, todas dialogando com o tema da peça. O público percorrerá esta exposição antes de assistir ao espetáculo. Durante o dia, as pessoas que passarem pelo Galpão do Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico, onde a peça acontece, poderão entrar e visitar a exposição, também intitulada ‘A máquina de abraçar’.
A ambientação sonora é de Rodrigo Marçal, do Arpx Studio, que também compôs a trilha original da peça. O design de luz de toda a instalação é assinado por Maneco Quinderé.
PROGRAMA
FICHA TÉCNICA
Texto – José Sanchis Sinisterra
Tradução – Eric Nepomuceno
Concepção e direção – Malu Galli
Elenco – Mariana Lima e Marina Vianna
Produção – Fernando Libonati - Pequena
Central de Produções Artísticas
Cenografia, direção de arte e instalação – Raul Mourão
Direção de imagens – Caetano Gotardo
Figurino – Domingos Alcântara
Direção de movimento – Denise Stutz
Direção musical – Rodrigo Marçal
Iluminação – Maneco Quinderé
Design Gráfico – Débora Bensuan e Quito
Visagismo – Rose Verçosa
Fotos – Vicente de Mello
Realização – Machenka Produções
CLIPPING
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