< O BURGUÊS RIDÍCULO >
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Molière é identificado como o autor que deu feição a comédia moderna, no que diz respeito aos seus assuntos, aos seus personagens e as suas tramas. Nada mais natural, portanto, que um comediante e um diretor de comédias montassem uma das suas peças. Assim fariam, como costuma dizer M. Jourdain, o nosso burguês, “as pessoas de qualidade”. No entanto, desde o início do projeto, os seus autores foram tomados pela suspeita de que, tornadas “clássicos”, as peças de Molière têm sido levadas com uma reverência que muitas vezes contraria o espírito com que ele as escrevia e representava. Na verdade, ninguém como ele foi ligado a arte do improviso, na busca de seus assuntos e na construção de seus personagens. Ninguém como ele viveu ao sabor das circunstâncias, na precariedade da busca da popularidade e do apoio volúvel do mecenato. Nada mais sedutor para um comediante do que alguém que viveu a comédia como a combinação harmoniosa entre a paixão do entretenimento e a arte, a habilidade, de ser engraçado. Nada mais atraente do que esse plagiário dos outros e de si mesmo, que procurava sempre o que poderia servir ao público e que costumava dizer: “J'en prends où j' y trouve mon bien”. A peça que apresentamos tenta se inspirar nesse, que nós pensamos ser, o espírito original de Molière. Ela foi sobretudo baseada no “Le Bourgeois Gentilhomme”. O burguês é um tema constante em Molière. A burguesia enriquecida era uma classe que aspirava muitas vezes ao enobrecimento através da compra de títulos nobiliárquicos. Desde então o burguês de Molière tornou-se um paradigma de uma sociedade que faz da ascenção social uma maneira de ser; e, por isso mesmo, um personagem que se presta permanentemente à composição na comédia. “Le Bourgeois Gentilhomme” possui também o atrativo de juntar farsa e grande comédia, o que a tornaria uma obra, por assim dizer, típica do autor. Nossa adaptação condensa cenas, toma emprestado situações, tramas e falas de várias peças orquestradas de forma coerente pelo personagem e trama do “Le Bourgeois Gentilhomme”. O se título, “O Burgues Ridículo".,combinando portanto os títulos dessa última com os da “Les Précieuses Ridicules”, procura ilustrar esse procedimento.
baseado nas peças de Molière
Direção e Criação
João Falcão e Guel Arraes
ELENCO
Marco Nanini
Sr. Jourdain
Ary França
Dorante
Betty Gofman
Nicole
Bruno Garcia
Cléonte
Dora Pellegrino
Dorimène
Enrique Diaz
Covielle
Virginia Cavendish
Lucile
Tradução: José Almino
Adaptação: Guel Arraes, João Falcão e José Almino
Direção de Arte e Figurinos: Emília Duncan
Cenários
Criação: Emília Duncan e Regina Gílson
Execução: Beli Araújo
Cenários turnê: Fernando Melo da Costa
Iluminação: Maneco Quinderé
Música: Marcus Vinícius e Dyonisio Moreno
Assistente de direção: Olívia Guimarães e Tânia Nardini
Assistente de direção em Curitiba: Chico Nogueira
Programação visual: Gringo Cárdia
Fotografia: Flávio Colker
Direção de Produção: Fernando Libonati
Produção Executiva: Tereza Durante
Administração e Produção de Frente:
Regina Coeli
Assistente de Produção em Curitiba:
Marcelo Contin
Casting: Olívia Guimarães
Texto para o programa: José Almino
Pesquisa: Lara Leal
Manipulação de Imagens e Assistente de Arte: Leonardo Eyer
Assistente de Arte: Phil Canedo
Maquiagem: Marlene Moura
Sonorização: Andrea Zeni
Coordenação: Tânia Nardini
Estilo de época: Nelly Laport
Postura Flamenca: Vera Alejandra
Técnica de mímica: Fernando Vieira
Técnicas circenses: Geraldo Miranda
Assistentes de figurino: Helena Araújo e Regina Gílson
Pintura de Arte em Figurino: Ana Maria Oliveira
Adereços de figurino: José Maçaira, Luis Kid, Ricardo, Celestino Sobral e Gilson Figueredo
Alfaiates: Levi, Macedo e Mauro
Costureiras: Helena, Lurdinha e Marianalva
Escultor: Glinston Dias de Paiva
Cortinas: Kletza Guerra
Pintura de arte cenário: Fernando Marés, Ana Maria Oliveira, Clecio Reis e equipe
Realização:
Trupe Produções Teatrais e Artísticas e Pequena Central de Produções Artísticas
junho de 1996:
Estréia nacional em Curitiba - Teatro Ópera de Arame
tournê:
Porto Alegre - Teatro São Pedro
Pelotas - Teatro 7 de Abril
Florianópolis - Teatro do CIC,
Campo Grande (Mato Grosso do Sul) - Teatro do Centro de Convenções
Belo Horizonte - Teatro Palácio das Artes
agosto de 1996:
estréia no Rio de Janeiro - Teatro Casa Grande
Temporada interrompida em 04/04/1997
incêndio no Teatro Casa Grande destrui completamente o teatro e tivemos perda total de nossos cenários, figurinos, equipamentos de som e luz.
junho de 1997:
apresentações em Volta redonda e Petrópolis
julho de 1997:
temporada Popular de um mês no Teatro João Caetano no Rio de Janeiro
agosto de 1997:
estréia em São Paulo - Teatro Cultura Artística – sala Esther Mesquita (temporada de três meses)
novembro de 1997:
Tour pelas cidades de
Brasília - Teatro nacional sala Villa Lobos
Recife - teatro do Centro de Convenções Guararapes
Salvador - Teatro Castro Alves,
1998
nova temporada de seis meses no Teatro Cultura Artística em São Paulo.
PRÊMIOS
PRÊMIO SHARP
• Melhor espetáculo
• Melhor figurino
• Melhor ator (Marco Nanini)
PRÊMIO MAMBEMBE
• Melhor espetáculo
• Melhor figurino
PROGRAMA
FICHA TÉCNICA
TEMPORADAS
VIDEO
Rua Conde de Irajá, 98 - Rio de Janeiro / RJ Telefone: 21. 3797 0100 Email: contato@pequenacentral.com.br